Milênios de vinho em menos de 2 minutos
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- Categoria: a história do vinho
Ao que tudo indica, o cultivo da vinha e a produção de vinho já eram realidade, no Oriente Médio, 6.000 anos antes de Cristo.
A civilização egípcia que cresceu às margens do Rio Nilo, por volta de 3.000 a.C., desenvolveu conhecimentos sobre viticultura e vinificação que foram documentados em papiros e em argila.
Ainda muito antes do nascimento de Cristo, o vinho se tornou uma parte importante da cultura grega. Videiras foram plantadas por toda a Grécia Antiga. Quando marinheiros gregos zarpavam, levavam consigo vinhos e vinhas. Na Itália, por exemplo, o vinho já havia chegado através dos etruscos, mas foram os gregos que aprofundaram as raízes dessa cultura, por lá.
Os romanos, por sua vez, expandiram a vitivinicultura onde ela já existia, e a desenvolveram em novas regiões. Acompanhando a expansão do Império Romano, plantaram uvas e produziram vinho no sul da França, na Espanha, em Portugal, na Alemanha, na Bélgica...
A queda do Império Romano trouxe estagnação para quase todas as regiões de vinho da Europa.
Mas, durante a Idade Média, devido à importância do vinho no Cristianismo, a Igreja Católica foi a maior protagonista na produção do vinho. De fato, os monges não somente cultivaram uvas e produziram vinhos, como aprimoraram conhecimentos e técnicas.
A partir do século 15, com a Era das Grandes Navegações, as videiras europeias foram trazidas para o continente americano, pela primeira vez. Na África do Sul, a espécie Vitis Vinifera chegou no século 17. Na Austrália, somente no século 18.
No século 19, o desenvolvimento da indústria europeia do vinho atingiu proporções gigantecas. Em contrapartida, foi no final desse mesmo século que vivemos o maior drama da história do vinho, a praga da filoxera, que se espalhou por toda a Europa. Para ler mais sobre esse assunto, clique aqui.
O começo do século 20 assistiu ao espisódio da Lei Seca, quando uma emenda constitucional proibiu a produção, o transporte e a venda de bebidas alcoólicas, nos Estados Unidos. Mas, no mesmo século 20, e no mesmo país, o vinho também viu acontecer uma grande vitória! Em 1976, vinhos californianos derrotaram, em uma degustação às cegas, os melhores vinhos franceses. Leia mais sobre a Lei Seca, aqui, ou sobre o famoso Julgamento de Paris, aqui.
Nas últimas décadas, os países produtores do Novo Mundo lideraram um movimento de identificação dos vinhos de acordo com a casta de uva utilizada na produção, como Cabernet Sauvignon, Merlot, ou Chardonnay, ao contrário do modelo tradicionalmente utilizado na Europa, que rotula os vinhos de acordo com o terroir de origem, como Bordeaux, Borgonha, ou Champagne.
Fiquemos prontos para os próximos capítulos dessa história! Saúde!
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